Monday, July 31, 2006

Reler, Repensar e reescrever: os três “res” são a solução.

Imagine que você vai a uma festa. Lá estarão muitas pessoas e, principalmente, aquela que faz seu coração bater mais forte. Tenho certeza que você não ira se vestir com as primeiras peças de roupas do guarda-roupa. Por que meus prezados alunos não possuem esse mesmo cuidado com suas redações?
Escrever um texto não é obra do acaso. Trata-se de um trabalho muitas vezes árduo e penoso. E muitos escritores escreveram frases sobre o ato de escrever. Ernest Hemingway autor do livro belíssimo “O velho e o mar” disse: “O primeiro móvel da casa de um escritor é o cesto de lixo”. Se sumidades do mundo das letras pensam assim, então por que com um texto dissertativo seria diferente?
Veja como Guimarães Rosa encarava o processo de construção (vocês verão que o caráter semântico desta palavra não foi à toa): “Minha obra é trabalhada, retrabalhada, repensada, calculado, rezado, refervido, recongelado, descongelado, purgado, reengrossado e filtrado.” Ficaram admirados? Vocês não achavam que elaborar uma prosa em linguagem culta com pitadas de regionalismo aconteceria assim, de repente? (Espero que tenha pensado em um “não”.)

Por isso fera, não tenha medo de estar sempre aperfeiçoando seus escritos na busca do texto perfeito. Não precisa ser como Kafka que escreveu seu principal romance “O processo” de uma única sentada. RELEIA aquelas redações ‘nota baixa’, procure fazer isso seguindo os conselhos do professor. REPENSE. As críticas não estão no verso de seus textos por acaso, nem são chagas, mas apenas dicas acerca do que redigiu. E finalmente REESCREVA-OS.
Pense nisso!

Prof.º Luís Antônio

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